sábado, 19 de janeiro de 2008

Caos!

Foi só eu elogiar a rapidez do ir e vir do transporte metroviário do município de São Paulo no texto anterior, que ele me prega duas decepções consecutivas nas duas semanas seguintes. Para piorar, os eventos aconteceram respeitando-se aquela lei, que nem gosto de mencionar o nome (M-?-?-?-?-Y, entendeu?), para não atrair mais azar... É lógico que eu estava a caminho do trabalho e é claro, que eu tinha reunião logo na primeira hora, nas duas vezes. Contudo, eu sou um felizardo, pois eu tinha dinheiro suficiente para tomar um táxi! Agora, quem não é sortudo como eu, ficou sofrendo naquela aglomeração de pessoas nas estações, tentando sair e tentando entrar nos lotados trens. Desceu de um trem para tomar outro, na plataforma do outro sentido, ou seja, um caos metroviário SÉRIO!
Horas depois, fiquei sabendo que diariamente, as composições vêm apresentando distúrbios e atrasando a viagem de quem precisa trabalhar, estudar e até se divertir. Fiquei sabendo também, que era sortudo mais uma vez, por ter vivenciado o problema apenas duas vezes.
Segundo aprendi na faculdade de engenharia e no meu primeiro estágio, a manutenção preventiva é mais econômica e evita acontecimentos - não mais surpreendentes - como estes. Ou seja, será que há um descaso do governo do Estado de São Paulo e/ou do Metrô? Será que deixarão chegar ao ponto em que todos os trens estarão sucateados? Sem esse transporte de massa a cidade pára! Poderiam aproveitar o ensejo, para trocar por trens mais modernos, com ar condicionado e com um layout otimizado para comportar mais pessoas. Toda a população, principalmente os engravatados como eu, agradecem.

Em compensação, graças a Deus, a São Pedro, aos controladores de vôo, a Infraero e a Varig, na última sexta-feira, minha vinda ao Rio por esta companhia aérea foi TRANQÜILÍSSIMA! Meu vôo só atrasou meros 15 minutinhos, "devido ao intenso tráfego áereo sobre o Aeroporto de Congonhas" e é claro que, àquelas pessoas que entram no avião com malas gigantescas, achando que são simples bagagens de mão.
Estas pessoas se dividem em duas classes de caras de pau, as básicas e as espertas-egoístas. O comportamento essencial é idêntico a ambas as classes. Primeiro, ela olha para a sua respectiva mala, olha para o compartimento superior e as maletas, mochilas, sacolas que já estão ali, olha para a mala novamente, olha para os comissários de bordo. Não está nem aí, se está se formando uma fila de pessoas querendo entrar no avião, ou se faltam 20 minutos para o Aeroporto de Congonhas fechar para pousos e decolagens. Ela até percebe que não há como acomodar decentemente a "pequena frasqueira", mas tal como um espremedor de batatas, enfia com toda sua força e fúria a mala-êmbolo onde não deveria. Se você tem algo que quebre, ou que amasse nas suas singelas mochila e sacola de loja "acomodadas nos compartimentos superiores"... Esqueça! "Perdeu playboy!"
Já a outra classe de cara de pau, a dos espertos-egoístas, além de apresentarem o comportamento descrito anteriormente, são pessoas que se sentam ao fundo da aeronave e acomodam as malas sobre as poltronas das fileiras de 2 a 5, "Dá muito trabalho levar lá para trás, a gente sai pela porta da frente, né?". E aí, você tem que acomodar sua pequena mochila, no espaço sob a poltrona da frente, anteriormente reservado para esticar suas pernas.
Penso que nesses momentos, os comissários de bordo deveriam esquecer suas gentilezas e sorrisos e serem assertivos com estes cidadãos, tomando-lhes as bagagens e as despachando para o porão do avião. Aliás, é melhor parar por aqui, afinal amanhã eu tenho que voltar a São Paulo e a bendita paz aérea pode acabar.

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